
Olhares: Nação Dopamina (Parte 1)
Um papo sobre como o excesso de prazer, a dopamina, a neurociência e a biologia interagem
OLHARES
A sociedade normatizou nossos modos de ser, nos impôs demandas de consumo artificiais e nos aprisionou em telas, mas nossa vocação natural é a de assumir o poder da liberdade, negligenciada pelo nosso egoísmo e vaidade. (Tiago Júlio)


Alexandre é professor de Ciências e Biologia em constante evolução, que necessita questionar e busca se conhecer todos os dias.
A entrevista de hoje foi inspirada no livro "Nação Dopamina" de Anna Lembke, obra que explora como a busca incessante pelo prazer está remodelando nossos cérebros e comportamentos. Para aprofundarmos mais em algumas questões desse tema, teremos como convidado de hoje o Professor Alexandre Domeneghetti Nicotelli.
A entrevista está dividida em três blocos de três perguntas e ao final de cada página há um botão que te levará a próxima parte. Aproveite!
SOCIEDADE DO PRAZER


1. Já sabemos que atualmente a busca e o excesso de prazer acabam sendo maiores do que em épocas passadas, o que você acredita que pode ter contribuído para isso?
Alexandre: Uma das coisas que eu já tinha em mente, antes até de fazer a leitura do livro, era em relação ao capitalismo. O consumismo foi criado como uma estratégia de como fazer a economia bombar, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, onde todos os países estavam literalmente sem dinheiro, a economia era um fiasco. Então foi algo pensado, vários economistas se juntaram, juntaram estratégias para ver como que eles poderiam fazer essa economia crescer de maneira rápida e surgiu então a propaganda. Que é uma forma de vender o produto e fazer as pessoas ao mesmo tempo, se sentirem satisfeitas. Sempre querendo alguma coisa além do que elas já possuem. Eu acredito que tenha sido aí o principal ponto, não que a gente fosse muito melhor do que a gente era no passado, mas eu acredito que é algo por aí. Existem estudos até que mostram que depois da Segunda Guerra Mundial a felicidade da humanidade foi decrescendo. E aí, problemas como a ansiedade e a depressão foram aumentando. No livro a autora cita um termo que eu ainda não conhecia que é o do capitalismo límbico, que é exatamente sobre isso. O capitalismo ele vai exatamente na fonte. Então é uma coincidência, talvez, ou não né? A neurociência hoje em dia, bem desenvolvida comparada o que era no passado, a psicologia também... Então eu acho que foi uma estratégia ali, a psicologia crescendo, as pessoas começaram a entender melhor como é que funcionava o pensamento, essas questões de estímulo, de prazer e pensaram: vamos usar isso ao nosso favor? Eu acredito tenha sido essa a principal fonte dessa mudança.
Gabriella: Uma sucessão de acontecimentos e mudanças que foram construídas ao longo de anos.
Alexandre: Sim, sim, e a ideia do consumismo cada vez mais forte hoje com as redes sociais, e com mais acessos às pessoas. E se a gente não parar para pensar em tudo isso que tá acontecendo e ter consciência disso (vamos aprofundar mais a frente). É como se a propaganda fosse criando um vazio dentro da gente. Uma necessidade de sempre ter algo a mais, então eu nunca estou satisfeito com o que eu tenho, eu preciso sempre de mais e mais. E o sistema se retroalimenta assim. Você precisa, e ele, o sistema, precisa que você continue comprando, que você continue produzindo, que você continue. E aí, cada vez mais esse vazio vai aumentando e a gente tenta preencher com essas coisas materiais. E a gente cai nesse ciclo e quando a gente vê a gente tá só nessa repetição sem parar para enxergar oque que eu tô fazendo. Sem se questionar: isso importante na minha vida? E parece que a gente tá numa constante sensação de insatisfação, a gente está sempre insatisfeito com tudo. Nunca nada tá bom, né? Eu acho que a gente aprendeu a estar insatisfeito por conta disso também... Tudo muito rápido, tudo precisa ser consumido muito rápido, as coisas precisam ser produzidas muito rápido... A gente tem pouco tempo. Apesar da gente ter várias coisas hoje para ajudar no nosso dia a dia, tecnologias, o tempo está cada vez mais escasso, a gente romantiza também é exaustão hoje em dia. Nossa, se você fala que você tira um tempo para você descansar, as pessoas quase te olham como se fosse um crime, então, produzir e não descansar é um sinal de status também, de dizer que você faz muita coisa, que não para um segundo, enfim. Relembrando que o sistema se retroalimenta. Porque para você estar lá na rede social, você precisa fazer. Porque as pessoas querem que você faça, o algoritmo te diz oque que você tem que fazer, e aí você tá construindo um padrão de pessoas. Então, o algoritmo te dá informação já do que você tem que fazer e do que as pessoas querem. E aí, por exemplo, tem que ser vídeos curtos, não pode ser um vídeo longo e aí isso acaba também com o nosso poder de concentração, nossa capacidade de analisar. Indo um pouco mais a fundo, a gente fica sempre naquela coisa mais superficial e não se aprofunda tanto em nada. Enfim, aí você tá retroalimentando esse vazio. Que precisa sempre ser preenchido com alguma coisa e nunca é preenchido. Porque aí a ideia é essa, de nunca preencher. Você sempre tem que estar precisando de alguma coisa.
Gabriella: Eu me lembrei de outro livrinho de ilustração, te escutando falar sobre isso agora, que se chama “A parte que falta” e é justamente sobre essa busca de tentar preencher qualquer vazio, com várias outras coisas que não preenchem essa falta que a gente sente, mostra essa busca incessante por mais.
Alexandre: Bacana, não conheço! E a outra questão também que eu acho importante sobre as redes sociais relacionadas ao prazer, é sobre o like. Isso acaba deixando a gente mais viciado naquilo, né? Porque não é só o estímulo de você dar risada do meme, de você interagir com as pessoas... Isso também é positivo, mas também tem o lado das pessoas estarem vendo o que você está fazendo, curtindo, aprovando, validando que o que você faz, né? Dá essa sensação de pertencimento. Só que eu acho que é uma sensação que logo acaba, pois é muito rápida, efêmera.
Gabriella: E faz muito sentido. Esse like acaba sendo um reforço. Então você faz alguma coisa, é aceito, é visto, faz parte ali daquele grupo e esse comportamento tende esse repetir, quanto mais ele for reforçado. E a gente cai naqueles moldes de novo, de se adaptar a tudo que o algoritmo pede para que você seja e entregue para que você continue recebendo esse reforço.
Alexandre: Sim, sim. Exatamente. E aí quando a gente vê a gente tá fazendo tudo igual, do mesmo jeito mesmo, padrão. Só reproduzindo. E outra coisa, somos seres sociais, precisamos dessa validação, desse apoio, a gente precisa desabafar com as outras pessoas, né? Só que essa forma hoje de validação, ela é tão rasa, ela não traz uma sensação de pertencimento de fato... Porque é diferente de você estar interagindo com as pessoas de verdade. Eu vejo em sala de aula. Hoje em dia é uma luta para conseguir fazer eles largarem o celular sabe, e prestar atenção, às vezes eles estão juntos em grupo fazendo alguma coisa. Ninguém tá conversando sabe, tá todo mundo olhando para o celular e fazendo sozinho aquilo que eles podiam estar fazendo juntos... E aí, eu acho que isso até tem um impacto muito grande no futuro. Se nada mudar.
2. Como a biologia pode contribuir para nossa compreensão das diferenças individuais na busca e na resposta ao prazer?
Alexandre: A gente é aquilo que o nosso DNA determina, aquilo que os nossos pais deram para a gente de informação genética, mas a gente também é muito do que o ambiente determina. Os estímulos que a gente recebe, tudo isso interage com o nosso DNA, interage com o que a gente é. E de certa forma molda, mais ou menos o que a gente vai ser. Hoje, com a epigenética que é uma área mais recente, a gente sabe que um determinado estímulo pode ter uma consequência em alguma coisa, que não tem necessariamente relação com aquele estímulo. E aí, pode surgir uma mudança de comportamento, uma mudança de padrão. Simplesmente você ativar ou desativar um gene que tá ali latente. Ele poderia se manifestar em você, mas por alguma coisa que você passou na sua vida, ou os seus pais passaram na sua na vida deles, esse gene ficou inativo e às vezes ele podia te trazer algo de relevante para sua sobrevivência, e aqui podemos pensar na questão da evolução. Então tudo isso tá moldando esse nosso caminho evolutivo. Que pode ser bom e pode ser ruim, né? Não tem como a gente determinar com exatidão, mas o que a gente tem de informação hoje são que questões de depressão, de ansiedade, tem aumentado. E eu acredito que a tendência seja sempre essa, né? Então, de onde eu vim, minha classe social ela determina esses padrões, esses estímulos que eu tenho, e de certa forma quem eu sou... Além disso, o que eu como, o estresse que eu passo na minha vida, a forma como eu enxergo, como eu encaro as coisas, tem a ver com o que eu vivi, com o que eu sou, e isso tá moldando a sociedade, tá moldando as gerações futuras. Biologicamente, eu acho que é um pouco do que Darwin falou para a gente.
3. O livro ‘Nação dopamina’ explora a interação entre a dopamina e o comportamento humano. Poderia nos contar um pouco mais sobre qual a relação da dopamina com o prazer?
Alexandre: A gente conhece dopamina como hormônio do prazer, mas não é bem isso que ela faz, né? Não é bem um prazer, na verdade, é uma recompensa. Aquela substância inunda o nosso cérebro dando um pouco mais de motivação, dando um pouco mais de estímulo, de recompensa, de você se sentir bem por conta daquilo. E eu acho que ela tá muito relacionada ao que a gente conquista, ao que a gente faz na nossa vida e a sensação de você ter conseguido fazer aquilo, né? Eu acho que a dopamina está mais relacionada a isso. E aí essas outras coisas que acabam desencadeando a liberação dela são coisas novas talvez, evolutivamente. Que acabaram deixando a gente um pouco viciado nelas, e não é necessariamente o prazer, mas essa sensação de motivação, e aí se eu tenho de repente muita motivação e do nada essa motivação acaba, vem aquela sensação de tédio, de depressão. Tem a ver até com esse equilíbrio, né? Porque no nosso corpo a gente nunca pode ter muito de uma coisa e nada de outra. Evolutivamente o nosso corpo, e o corpo da maior parte dos seres vivos, foram feitos para se manter em equilíbrio. A homeostase é uma luta da vida para manter as coisas em equilíbrio, eu peguei um exemplo que eu gosto de usar também em sala de aula que é questão da diabetes. O pessoal acha que vou ficar diabético, porque eu tô comendo muito açúcar, mas depende de como você come esse açúcar. É a mesma coisa da dopamina "Ah eu vou ficar viciado em dopamina porque eu tô sei lá, fazendo alguma coisa". Não. Depende do que você tá fazendo, né? Como que você tá comendo para ter diabetes... Porque o seu corpo ele vai parar de produzir insulina, se você colocar muito açúcar de uma vez na sua corrente sanguínea e por um período longo de tempo. Se você tá comendo açúcar, mas você tá comendo ele junto com outras coisas, esse açúcar está indo para sua corrente sanguínea de maneira lenta, com uma absorção lenta porque o seu corpo tá tendo tempo de metabolizar aquilo, ele não vai precisar jogar um monte de insulina para conseguir fazer aquele açúcar entrar na célula, então a diabetes vai surgir aí. E aí, o que tem a ver com isso, não é só ingestão de açúcar, mas o equilíbrio da sua alimentação. Você pode comer bastante açúcar, mas você não pode comer só açúcar. Eu acho que é parecido com a dopamina. Você precisa de dopamina, mas a sua vida não é buscar só a dopamina. Não é só ter dopamina. A gente não pode ficar dependente disso, né? Essa que eu acho que é a questão.
Gabriella: Ter espaço para o prazer e para o desprazer que também acaba fazendo parte da vida, os desconfortos.
Alexandre: Perfeito, perfeito e ela até fala, né? Até como estratégia você de certa forma diminuir um pouco essa sensação de prazer, para quando ela vir, ela ser mais eficiente, ela ser mais favorável para o seu organismo. Porque é como a abstinência de uma droga. Se você usa muito uma substância seu corpo se acostuma com ela e com o passar do tempo, você vai sempre precisar de um pouco mais dela para provocar aquele efeito inicial. O nosso corpo é assim, com remédio, medicamentos, quando você usa muitos medicamentos, é a mesma coisa. Então é uma estratégia do seu corpo para sobrevivência dele. E aí, é por isso que você entra nesse Ciclo Sem Fim, nessa dependência e para você conseguir sair dela é mais difícil, né? Porque uma vez que seu corpo já tá acostumado com aquilo é difícil parar. E normalmente a dependência ela a longo prazo, vai causando a sensação de ansiedade, depressão. Porque você vai estar sempre precisando de mais. Você nunca vai estar satisfeito com aquilo que você começou a usar, e para você provocar aquele efeito ele não cair na depressão de novo, você precisa de mais e mais e mais e mais até que você tem uma overdose.
Gabriella: Exatamente, esse nível de tolerância ele vai mudando, né?
Alexandre: Exatamente. Então, eu lembrei aqui que ela coloca algumas coisas do nosso dia a dia e a porcentagem de dopamina que elas liberam quando a gente consome. O chocolate, por exemplo, libera 55%, e as drogas, as anfetaminas, ela fala que chega até 1.000%. Olha a diferença, a discrepância. Então é óbvio que você vai ficar viciado nisso. Qualquer pessoa ficaria né? Porque é um estímulo muito grande, né?
Gabriella: Sim, com certeza e é desleal essa competição. Não tem nada que consiga atingir esse nível.
Alexandre: Total. E um dos motivos que eu até comento com os alunos, porque como a gente é da área de biológicas, eles acham que já experimentamos drogas, e eu falo pra eles que não. Não gente, eu não usei porque eu tenho exatamente o receio de não conseguir não usar depois, entendeu, de entrar nesse ciclo e é melhor não. Já me ofereceram muitas vezes, mas eu tenho medo de não conseguir sair disso, e por mais que você tenha a curiosidade de saber como é aquela sensação é perigoso, né?
Gabriella: É um custo muito alto, para um retorno duvidoso. É um prazer que é muito rápido e talvez as consequências de se manter em contato com esse prazer sejam muito caras em vários aspectos, né?
Alexandre: Sim, eu falo isso para eles. E aí mais uma vez, volta a questão do equilíbrio. Tudo na nossa vida é permitido, desde que exista um equilíbrio, uma responsabilidade, uma consciência daquilo que você tá fazendo. Quando você tá consciente do que você tá fazendo, aí você sabe as consequências daquilo, e você vai arcar com aquelas consequências de certa forma, né? Você tá um pouco mais blindado, mas não seguro seguro, né? Porque dependendo do que você faz a consequência pode ser catastrófica, mas esse excesso de estímulo é exatamente esse vício, das redes sociais, da sociedade do prazer, da propaganda, do consumo. Eu trocar prazeres que são mais duradouros, por prazeres que são mais efêmeros, que são mais curtos e que me mantém sempre dentro desse ciclo de abstinência. Como se eu fosse um dependente químico.
Gabriella: E aqui entra também um ponto sobre o jejum de dopamina, e como isso é problemático também, já que não é necessariamente só fazer um "jejum", visto que a gente não pode zerar a dopamina no nosso corpo, afinal de contas a gente precisa dela. E não tem nem formas de medidas exatas do teu nível de dopamina para entender se isso tá excessivo ou não, mas a gente consegue pegar por alguns comportamentos, aquilo que que a gente entende que traz mais problemas, e que são pontos de atenção. Então, esses casos que ela ilustra ao longo do livro, todos eles eram passíveis de tratamento, de acompanhamento. Então não é só se ausentar daquilo que tá te trazendo muito prazer ou muitos problemas, mas saber como lidar para que aquilo não volte a acontecer também, não é isso?
Alexandre: Exatamente. Você tentar criar outras estratégias. Para talvez desviar o caminho bioquímico e você produzir aquela dopamina em doses mais longas e mais duradouras. Aí tem até um exemplo do banho frio, do banho gelado, quando você toma um banho muito frio o efeito é muito parecido. E tinha um cara que até ficou viciado em banho e frio, mas é melhor você ficar viciado em um banho frio, ficar lá na banheira cheia de gelo do que dependente químico de uma substância que está destruindo seu corpo.
Gabriella: Exatamente, também por isso a importância do acompanhamento justamente para não realizar só trocas assim, que costumam perpetuar o problema muitas vezes. A gente tira de o foco de algo muito grave, passa para algo um pouco menos grave, mas que ainda pode gerar problemas. É complexo falar disso.
Alexandre: Eu acho que o transtorno compulsivo também tem relação, talvez né, eu não entendo muito, mas assim, as vezes pode gerar uma compulsão, sei lá por alimento, né? E eu percebo, agora fica claro para mim, que eu tenho consciência exata, dessa questão da dopamina. Não sei, a leitura desse livro abriu a minha cabeça e hoje eu consigo enxergar os alunos, eu consigo entender porque que eles estão desanimados muitas vezes, porque que eles estão viciados em redes sociais. Porque que a concentração deles está péssima, exatamente por isso. Eles não conseguem mais fazer atividades que custam, que são difíceis de fazer porque eles estão acostumados ao prazer, então tudo tem que ser prazeroso, tudo tem que ser divertido o tempo todo, né? Se eu preciso de um esforço um pouquinho maior para aquilo ali acontecer, eu não quero. Aí eu desisto e eu não faço. Tudo bem que a nossa vida ela não precisa ser chata. Mas assim, tem muitas coisas que a gente precisa fazer que são chatas. A gente não tem escolha. E é sobre construir quem eu sou, quem eu quero ser. Muitas vezes você precisa fazer essas coisas chatas pois é isso que vai fazer você ter consciência de que quando você estiver fazendo uma coisa legal, aquilo vai ser ainda mais legal. Porque você sabe o que é o chato também. E tem a ver com isso, com essa questão do estímulo contrário, eu falo para eles. Essa sensação de tédio que bate às vezes em vocês, às vezes a gente precisa aproveitar essa sensação de tédio e curtir ela mesmo. Acabei de lembrar da menina que o tempo todo ficava ouvindo música, aí ela (autora) sugeriu para menina: Quando você estiver caminhando até a faculdade, porque que você não vai sem fone de ouvido? Nossa aquilo abriu minha cabeça. Ela falou, 'mas por que que eu faria isso?'. Isso envolve simplesmente aproveitar o momento. Para você ter consciência de você naquele momento e não ficar se distraindo com alguma coisa, eu parei para pensar e faz muito isso, a gente quer se distrair o tempo todo, a gente não quer estar aqui agora, consigo mesmo. Ai entra o autoconhecimento, precisamos refletir sobre as coisas que acontecem na nossa vida, não dá para a gente ficar só se distraindo o tempo todo e vivendo. Vivendo sem saber para onde eu tô indo.
Gabriella: Sim e eu gosto bastante dessa ideia, de estar em contato com o que está acontecendo agora e não necessariamente serão coisas boas de serem sentidas, podem ser emoções difíceis ou situações difíceis que a gente está enfrentando, mas que entrar em contato com elas é o que possibilita com que elas passem mais rapidamente também, né? Então uma outra maneira de enfrentar e faz todo sentido e muito mais saudável, né?
Alexandre: Sim, e a gente precisa lidar né? Você não pode ignorar aquela emoção, você não pode ignorar aquele sentimento.











